Tuesday, March 23, 2010

23.03.2010

Minha terra, agora, é feita de gelo puro. E as coisas vivas e bonitas dormem a esperar. Eu esperei por tanto tempo, uma vida de um ano de espera por vir, mas finalmente aqui estou. Mas estar é verbo, é sentimento e é coisa concreta e física. E digamos que meu estar era só fisico e verbal até então. Sinto um estar com ares de sentimento novo com cheiro de brisa mansa e gostosa de primavera e me sinto definitivamente aqui. Depois de esperar, vir e estar, eu acho que finalmente eu posso ir de novo, não, eu não acho, eu me certifico, eu devo ir de novo, e vou.
Vou colocar meu barquinho de novo no rio, que agora ja mostra suas águas voltando a vida, descongeladas pouco a pouco pelo sol brilhante e teimoso que se apresenta neste início de primavera. O rio se faz água e ela se faz corredeira, corredeira mansa que leva meu barquinho aos poucos, até ele tomar força e seguir seu rumo. Rumo acompanhado e feliz, mesmo que ele tenha uma rota solitaria a cumprir.

Friday, April 3, 2009

tempo de abrir o baú

começou a esfriar.
comecei a tirar uma série de coisas de dentro dos meus armarios. e a limpar. e a formular novos looks na minha cabeça. esses são meros rascunhos dos momentos que eu sonho em usa-los. dos dias saturados e frios. com minha manta cheia de cor.
dos dias em que sentir as horas passar seja tão bom quanto um carinho no rosto. e uma xicara de chá.

Saturday, February 28, 2009

valeta

agora aqui meus ouvidos ja não conseguem mais destinguir sons
e eu me confudo entre o esfumaçado dos oculos
mas
vejo bem
vejo
e esse verbo vem com um significado até então interno
como raiz
como raiz que começa a virar caule

raiz que até então fui
não digo que ja sou planta completa, porque o fruto desse processo é busca
e não produção propria

Wednesday, February 25, 2009

extrenando a influencia interna

as vezes
nos vemos cegos em meio a tantas possibilidades
porque enquanto navego aqui
no meu mar. empolgado com o decline das ondas e som expansivo das aguas, eu não me vejo a navegar, no mar. e por me ver em terra. esqueço de quanta vida que esta por perto, logo a baixo. da quantidade de caminhos que as correntes tomam.
o conforto não é mais só sensação
mas
estado de espirito
e quando se sente ele
não significa que a situação inclusa é facil
é bela
é macia e branca
não
esse conforto é parente proximo da cegueira e da hipnose.
e ele mata tanto quanto essa vontade toda de beber agua salgada.

Friday, February 20, 2009

derramei mostarda

eu acho que hoje chove de novo.
mas, eu to chando que é aquela chuva que alivia, que refresca e que da vontade de dormir
não a que desola e mata.
mas ta tão quente que e até de se duvidar.
eu só não quero que ela venha acompanhada de outros planos
outros que atravanquem os meus. os os bons que podem substituilos caso não chova.
a tarde fazia sol e deu tempo de lavar e secar a roupa que eu fiz.

Thursday, February 19, 2009

la de longe

la de longe eu vi o sol
e ele ja estava indo embora
enquanto ele se escondia dentro do oceano/lago disfarçado
eu escondia alguns poucas coisas que recisavam ser discretadas dentro de mim.
mas
enquanto o sol não voltava
o que voltava era uma serie de coisas que eu tinha esquecido de sentir, ou talvez nunca me dado ao luxo de tentar sentir.