Friday, April 3, 2009

tempo de abrir o baú

começou a esfriar.
comecei a tirar uma série de coisas de dentro dos meus armarios. e a limpar. e a formular novos looks na minha cabeça. esses são meros rascunhos dos momentos que eu sonho em usa-los. dos dias saturados e frios. com minha manta cheia de cor.
dos dias em que sentir as horas passar seja tão bom quanto um carinho no rosto. e uma xicara de chá.

Saturday, February 28, 2009

valeta

agora aqui meus ouvidos ja não conseguem mais destinguir sons
e eu me confudo entre o esfumaçado dos oculos
mas
vejo bem
vejo
e esse verbo vem com um significado até então interno
como raiz
como raiz que começa a virar caule

raiz que até então fui
não digo que ja sou planta completa, porque o fruto desse processo é busca
e não produção propria

Wednesday, February 25, 2009

extrenando a influencia interna

as vezes
nos vemos cegos em meio a tantas possibilidades
porque enquanto navego aqui
no meu mar. empolgado com o decline das ondas e som expansivo das aguas, eu não me vejo a navegar, no mar. e por me ver em terra. esqueço de quanta vida que esta por perto, logo a baixo. da quantidade de caminhos que as correntes tomam.
o conforto não é mais só sensação
mas
estado de espirito
e quando se sente ele
não significa que a situação inclusa é facil
é bela
é macia e branca
não
esse conforto é parente proximo da cegueira e da hipnose.
e ele mata tanto quanto essa vontade toda de beber agua salgada.

Friday, February 20, 2009

derramei mostarda

eu acho que hoje chove de novo.
mas, eu to chando que é aquela chuva que alivia, que refresca e que da vontade de dormir
não a que desola e mata.
mas ta tão quente que e até de se duvidar.
eu só não quero que ela venha acompanhada de outros planos
outros que atravanquem os meus. os os bons que podem substituilos caso não chova.
a tarde fazia sol e deu tempo de lavar e secar a roupa que eu fiz.

Thursday, February 19, 2009

la de longe

la de longe eu vi o sol
e ele ja estava indo embora
enquanto ele se escondia dentro do oceano/lago disfarçado
eu escondia alguns poucas coisas que recisavam ser discretadas dentro de mim.
mas
enquanto o sol não voltava
o que voltava era uma serie de coisas que eu tinha esquecido de sentir, ou talvez nunca me dado ao luxo de tentar sentir.

Sunday, February 15, 2009

o vale das tulipas vermelhas

Como ela
eu tambem acordei agora carregado pela imensidão de ratinhos
acordei com o barulho
mas não posso dizer que a tempo
porque acabei por dormir e as horas passaram enquanto meu corpo ficava apenas pensando que fazia algo de util
se é que o corpo pensa
as vezes eu penso, pensando sobre o pensar que apenas a alma pensa.
e ela não pensa com nenhuma parte dita fisica. ela não vive dessa redundancia de liquidos viajantes.
nem sei se ela vive
prefiro pensar que ela é.
ela é enquanto eu acordo para tentar ser.
acordo novamente na estrada.
amarro meu cadarço esquerdo e parto
em direção ao sonho que tive enquanto estava ali tido como morto, a dormir, no vale das tulipas vermelas.

Sunday, February 8, 2009

desenho#067ca


gengibre

deitei um pouco depois da meia noite
rolei por serca de 3 horas até conseguir dormir
meu cachorro latia e milhões de coisas na cabeça
aquelas coisas que eu não sentia me dificultar o sono desde os 15 anos

acordei por volta das 6 da manha

e fui ter meu dia de pai e filho na fazenda
primeira vez de muita coisa

entre cafés feitos de qualquer jeito
pedras tiradas do meio da horta
eu colhi gengibre

colhi o gengibre
e depositei na mochila uma serie de lembranças e de ressentires
porque quando tu te permite
tu voltas a sentir aquilo que por egoismo, talvez, tu tenhas deixado em baixo da terra.

como se escreve certeza


Friday, February 6, 2009

o antes de mais uma vez

agora eu sinto como outro
aquilo que eu nunca senti
mas como aquela sentiu
sim
aquela
vejo com os olhos dela
talvez a mesma situação
da qual
vivi
mas vejo de novo a mesma coisa com o jeito dela

Monday, February 2, 2009

3:22 hrs

tu pega a carne
e mói
mas
não satisfeito
mói de novo
de novo
e de novo

dai depois tu não aproveita mais ela
e esta cansado de tanta moeção

tu enjoa de carne
vira vegetariano

e ou colhe os legumer antes de estarem maduros
ou
deixa apodrecerem na geladeira

talvez
tu ainda não esteja pronto pra lidar com o teu alimento
tu precise ler mais a revista vida e saude
aquilo que vai suprir teu corpo e te manter em pé pelos longos dias, tem que ser tratado de maneira especial.

mas antes
tu precisa saber o que come.

Sunday, February 1, 2009

o bosque logo a frente.

eu me reaproximo

ponto de partida de tantos dias atras.

continuei a andar pela estrada e o reencontro foi inevitavel.

mas não se trata de um andar em circulos, por mais que eu tenha pensado nisso como primeira opção.
mas esse pedaço de mata tem um braço que se estende por diferentes partes do meu caminho.

e tu passa
as vezes repassa
e talvez por um bom tempo não o encontra
mas ele vai estar ali presente
vivo
verde
tão intenso quando a luz do lado de fora.
tu não vê a luz.
mas ela se mostra simplismente porque se faz sentir.
não na pele
nem na temperatura
mas dentro de ti.
pulsante.

Friday, January 30, 2009

longa curta ou média metragem?

qiuanto tempo dura aquilo que ainda não teve um inicio estabelecido
real
?

quanto tempo?
o tempo que martela na cabeça e se diz presuposto?
o tempo com que tu sonha durante todo teu verão?

verão tumultuado
cheio de muitos eles, nós, tus
aqueles dias que passam sem tanta solidão
dias acompanhados
mas
sozinhos em pensamentos
pensamentos esses que sonham com a compania intocada

com o tato real das mãos dentro do peito
dentre as costelas
sob a carne
a mão lá onde até então apenas alguns bons irmão conseguiram chegar

mas quanto tempo dura a espera pelo acontecer
quanto tempo dura o tempo

será que da tempo de sentir aquilo novo de novo e viver?
porque ja cansei dos ciclos iguais
e do conforto das noites calmas de todos esses meus sonhos.

Tuesday, January 27, 2009

meu nome é coala

garganta doente
dai fui la no médico e a mesma coisa sempre
os mesmos remedios
os mesmos tudos
de sintomas a reações

mas
os dias passaram super rapidos
nada aproveitados
dormi cerca de 20 horas por dia
com pequenas pausas entre tomar outro comprimido e dormir mais
e outra pausa pra beliscar alguma coisa
dormir tanto
e constatei mais uma vez o quanto não gosto de dormir


gosto do conforto
do ar fresco que entra pela janela do quarto de visitas
porque é la que eu durmo melhor
mas não gosto desse tempo
dito
perdido



dai hoje
não quis dormir
fiz aquele esforço todo

e acabei
por pintar ovelhas na parede velha do meu proprio quarto

Tuesday, January 20, 2009

amanhã

eu queria que o amanha fosse como foi a pouco
lá atras
inicio de outono
aquela calor suportavel
que não se deseja o fim

aqueles dias que chegam e vão com a mesma rapidez

quero que amanha seja fresco

que o sol me toque de leve

e que eu não queira dormir tão cedo como de costume.

Sunday, January 18, 2009

meu doce de leite

ele estragou.
ganhei a cerca de um mês esse doce incrivel
argentino
aquela coisa cheia de frescuras e com uma embalagem bonita.
abri
provei
AMEI
mas

ocupei os dias com outras coisas e outros sabores
alguns tão açucarados quanto, mas a maioria nem tanto
quando me dei conta
tinha aberto
provado
gostado
abandonado
e feito com que ele ja não pudesse mais ser comido

e por que eu fiz isso?


talvez porque eu ainda traga em mim as lembranças da nutela

e essa nao permite que mais nenhum outro sabor ocupe seu espaço.

mas agora, ela nao se mostra mais tão constante.
até porque, nao combina tanto assim com o verão

a lebre a tartaruga

tudo começa na corrida
sempre me senti nela
nao sei se é algo que vem dos ultimos anos
mas essa coisa de ir
rapido
nao deixar o tempo passar
ser a lebre
me fez bem
consegui dosar
indo rapido naquelas coisas
e tendo todo o tempo do mundo pra prestar atenção naquilo que me convem
mas mesmo assim
a lebre nao consegue o equilibrio sempre
ou a tartaruga
vice e versa
a coisa de trazer uma dentro da outra

penso entao

que as vezes quando me sinto lebre
sou tartaruga disfarçada.
e a gente nunca consegue travestir o que vem de dentro.

Wednesday, January 14, 2009

a praia

agora depois de mais ou menos um mês
me sinto pronto pra voltar a escrever
a colocar o que se passa por tras dessa camada de carne
aqui
de letra em letra traduzir o que meus olhos teimaram em esconder do meu coração

me dei conta talvez agora de uma serie de coisas que se mostraram simples
mas
uma simplicidade diferente daquela outra experimentada nos dias de neve
aparentemente mais objetiva
aparentemente um simples mais dificil
mais é ai que mora a simplicidade da dificuldade

é dificil fazer o facil

mas quero sentir de novo o cheiro da manhã que se mostra fresca
me dando conta daquelas tantas perdidas, numa busca cega pelo brilho opaco daquelas noites

me despir
e me sentir completamente coberto por aquilo que vale apena
aquilo que deixei no fundo do baú
algumas coisas ja cobertas de poeira
em desuso
outras ainda embaladas em plastico
que agora
se mostram novas aquisições