Saturday, November 15, 2008

dis-a-ppe-ar

o novo dia começa quando sol se vai
o inicio daqueles novos dias, vem com o crepusculo

antes disso talve

mas o antes pra mim soa mais como uma preparaçao
o escutar 12 vezes a mesma musica
se preencher com as batidas
cortando as partes que nao importam mais com o som afiado das guitarras

entao digo que fui aparado
e preenchido ao mesmo tempo


na noite, eu nao sigo mais reto até o fim da avenida principal
mas dobro a direita antes do meio
depois a esquerda
e a direita de novo
de novo
novo
em direçao ao novo

e ele é tao pequeno
mais um pequeno tao cheio de tantas coisas
que teu olhar se perde na imensidao das imagens que teimam em se projetar na tua frente
nas costas
e daquele lado ali
perto da porta
na primeira mesa
na primeira cadeira
na primeira noite do resto dos teus novos dias

e ai, descobre quantas ovelhas cabem dentro da tua caixinha
e tambem percebe o quanto apertado era o grande espaço que tu frequentava antes
um apertado nao repleto de pessoas
um apertado cheio de vazio

bebo minha cerveja de apricot
transformo minhas pernas em uma bateria, acompanhando o som da casa
faço uma pergunta a um desconhecido, com medo confesso, mas faço

porque prefiro cicatrizar o passado em mim
do que plastificar minha verdade com qualquer botox

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